Respeito pelo trabalho dos outros

Hoje quero falar um pouco sobre a ética no trabalho, neste caso na área da estética e beleza. Como sabem, a oferta é muita e as profissionais também, infelizmente não existe lugar para todas e o que existe mais é a constante competição entre colegas de trabalho. Essa competição louca e exagerada leva a um extremo – fazer o trabalho não por gosto mas sim para ser-se superior à pessoa que está ao nosso lado a trabalhar.

O que eu me pergunto é: vale a pena isto tudo? Vale a pena tornar-mos o nosso local de trabalho num “hunger games”?

Este tema vem a propósito de uma situação que aconteceu hoje no meu local de trabalho. No SPA eu não tenho colegas de trabalho apenas a minha chefe, a qual adoro imenso, mas surgiu uma situação nada agradável que é bem provável que já tenha acontecido a pessoas que estão a ler neste momento este texto. Uma menina jovem, tal como eu, chegou a um dos meus gabinetes e com uma atitude direta disse-me logo “Também trabalho nesta área e não admito erros nem imperfeições. Quero fazer manutenção das minhas unhas de gel”, estas foram as primeiras palavras da cliente que intimidam qualquer pessoa que é apanhada de surpresa por uma atitude tão arrogante logo na fase inicial. O processo foi feito às metades: metade fazia eu metade fazia ela (pois ela fez questão de trabalhar com os meus materiais e fazer ao gosto dela).

Conclusão: A ética do trabalho é algo que vem de nós, da nossa consciência, da nossa capacidade de enfrentar os problemas e ter calma a resolvê-los.

Eu não levei a mal a atitude desta minha “colega” mas talvez se eu fosse uma pessoa que ferve-se com pouca água teria pedido para ela ir para outro salão. Esta atitude faz com que a nossa autoestima desça e que nós sejamos completamente rebaixados e desvalorizados pelas pessoas que tomam esta atitude para se sentirem superiores.

Com isto tudo apenas quero pedir ás minhas colegas profissionais na área que façam uma coisa muito simples: sempre que forem a um salão/spa/centro de estética nunca digam que também trabalham na área, tenham respeito e compreendam que cada um trabalha de uma forma diferente e cada um tem o seu próprio método de realizar as funções que lhe são pedidas. Não existe perfeição mas também ninguém é suprasumo para denegrir o trabalho dos outros.


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